Roteiro.

By Gabriella Lopes - 18:21



(em cena, entra Abgail, ou Abby - uma garota cujo amor ardia como febre):
O amor arde em mim,
Mas não tenho ideia se
Enfim
Terei a sorte
De sentir uma conexão
Igualmente forte.

(agora, entra Gabriel, que não caiu do céu, mas que estava acostumado a digerir o amor como fel):
O amor não é uma mentira
Confesso, até gosto de admirar
Um sentimento que
Para mim
Sempre parece amargar.

(e, por um golpe do destino ou a amarração de um fio vermelho, os olhares de Gabriel e Abgail se cruzam, incertos. Entre um chai latte e um café expresso, ou seria totalmente inverso?)

(A intensidade é relativa, pensou o olhar intenso de Abgail ao cruzar com a melancolia dos olhos de Gabriel que, por traz dos óculos havia perdido todo o norte - nunca havia presenciado ou sentido algo tão forte)

(São várias as formas de acontecimento do amor, inúmeras; todas diferentes, com suas personagens, datas, locais, palavras, cores, cheiros e circunstâncias.

A única coisa em comum entre todas elas é o fato de existir, de forma alguma, um roteiro. Nada é muito clichê, tudo é único - sejam superproduções Homéricas ou curtametragens independendentes.)

Em um entreolhar
Pupilas se dilatam
Os detalhes ficam nítidos
E perceptíveis
E, como uma câmera de foco ajustado,
Os olhos se perdem uns nos outros
Automático.

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